A IMATERIALIDADE DAS PRÁTICAS DE GESTÃO AMBIENTAL E SUA ADOÇÃO CERIMONIAL: DOIS CASOS ILUSTRATIVOS

Isabela Tostes Poli, Luciano Rossoni

Resumo


Neste estudo, buscamos compreender como os esquemas interpretativos e suas lógicas subjacentes condicionaram a adoção das práticas de Gestão Ambiental do Sistema de Avaliação de Segurança, Saúde, Meio Ambiente e Qualidade (SASSMAQ) em duas empresas de transporte de produtos químicos. Para tanto, partindo do pressuposto de que as práticas organizacionais apresentam uma dimensão material, que envolve a implementação, outra simbólica ou imaterial, que envolve a internalização, analisamos em quais condições elas eram desempenhadas cerimonialmente ou efetivamente. Mais que isso, também avaliamos como a materialidade das práticas em termos de tangibilidade e complexidade aumenta a chance de maior cerimonialidade da adoção. Por meio do estudo comparativo de casos, evidenciamos que, no caso em que havia maior orientação por uma lógica profissional, as práticas eram mais internalizadas e realizadas efetivamente. Já no caso cuja lógica de mercado era mais evidente, além de menor internalização, muitas das práticas eram cerimoniais. No que se refere à materialidade das práticas, podemos induzir que práticas mais tangíveis tendem a ser adotadas mais efetivamente, enquanto que aquelas mais complexas e ambíguas, tendem a ser adotadas mais cerimonialmente, especialmente quando não suportada pelos esquemas de referência.


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DOI: https://doi.org/10.21583/2447-4851.rbeo.2014.v1n2.37

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DOI 10.21583 

eISSN: 2447-4851

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