ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DE DESENVOLVIMENTO DO ATLÂNTICO NORTE NO GOVERNO DO BRASIL: UMA ANÁLISE HISTÓRICA DO BANCO MUNDIAL

Bill Cooke

Resumo


Este artigo discute a existência de uma forma particular de gerencialismo - 'SWIMMING', Administração e gestão do Desenvolvimento no Norte Atlântico (‘North Atlantic Development Administration and Management’ - sigla em Inglês – NADAM - acrônimo em Inglês – SWIMMING). A análise empírica de documentos de projetos do Banco Mundial, a partir de 2009, fornece aos atores do Atlântico Norte, como o Banco Mundial, os privilégios de representação, inclusão e exclusão da SWIMMING.  A análise revela como SWIMMING exige atores brasileiros a serem representados como suplicantes e merecedores, usando termos como "diligente" e "firme” para legitimar os beneficiários dos empréstimos do Banco Mundial. Ele também revela como os projetos são gerenciados para contornar e substituir as possibilidades de mudança democrática através de meios constitucionais, como as eleições. Tal mudança é apresentada nos documentos de gestão dos projetos como um "risco", com os atores político-partidários apresentados como tecnocratas neutros na implantação de técnicas de gestão "objetivas", quando na realidade eles sustentam uma mudança para a ideologia neoliberal. Também surpreendente é a ausência da pesquisa brasileira especializada - de estudiosos individuais, ou como consubstanciada na rica literatura peer-reviewed brasileira em administração pública e de gestão. O artigo conclui situando o gerencialismo do SWIMMING na longa tradição de intervenção imperial do Atlântico Norte no Brasil, enquanto um pré-requisito de que a tomada do poder discursivo e do silenciamento do conhecimento local, satisfaz as exigências da “ciência” do Atlântico Norte.


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DOI: https://doi.org/10.21583/2447-4851.rbeo.2015.v2n1.40

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DOI 10.21583 

eISSN: 2447-4851

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