O AUTISMO, AS DIFICULDADES NO ACESSO A TERAPIAS ESPECIALIZADAS E AS BARREIAS SOCIAIS

Gionei de Souza Bankersen

Resumo


O aumento do número de diagnósticos positivos para o transtorno do espectro autista no Brasil e no mundo, decorrente do maior acesso a informações e a serviços de saúde, traz a luz, mais uma vez, a separação em classes sociais que afeta a sociedade brasileira. Podemos verifica famílias com poder aquisitivo mais elevado (classe alta) que possuem todo acesso a terapias e medicamentos aos seus membros com TEA, famílias com poder aquisitivo limitado (classe média) que, apesar de possuírem determinada capacidade financeira, em grande parte, são usuárias de planos de saúde privados e quando negadas em suas necessidades socorrem-se a judicialização de seus pleitos, e por fim as famílias com poder aquisitivo extremamente limitado, economicamente vulneráveis (classe baixa) que, não possuem recursos financeiros, carecendo integralmente da utilização do sistema público de saúde, o qual e despreparado e insuficiente para amparar tais demandas. Assim, podemos concluir que existe sim um autismo de elite e um autismo “de periferia”, e um Estado omisso em políticas públicas que visem amparar os grupos vulnerável e suas famílias atípicas.

Palavras-chave


autismo, vulnerabilidade, separação, classes sociais.

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DOI: https://doi.org/10.21583/2447-4851.rbeo.2024.v11n1.606

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DOI 10.21583 

eISSN: 2447-4851

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