A Ideologia na Educação e Didática Brasileira: Uma Pedra no Caminho para uma Práxis Libertadora.

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21583/2447-4851.rbeo.2016.v3n1.73

Resumo

A linguagem do conhecimento foi alterada para aquela que mais se aproximou dos interesses do capital privado, prejudicando o fomento da crítica e do pensamento heterodoxo nas metodologias pedagógicas, substituindo-as pelo simples racionalismo positivista - entusiasta aos burgueses - ao sacralizar a industrialização e o progresso capitalista pela técnica e pela ciência. Não somente a educação, mas gradativamente, grande parte do processo formativo no Brasil, têm sido vítimas de ameaças de diversas políticas e planos que promovem a massificação cultural e extinguem as possibilidades de uma percepção mais crítica da sociedade. A partir dessa premissa, o presente artigo esforça-se em analisar e dissertar sobre os interesses e impactos de tais políticas, colocando sobre análise os malefícios das mesmas na formação da consciência humana e transmissão do conhecimento.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Carolina Machado Saraiva de Albuquerque Maranhao, Universidade federal de Ouro Preto

Profa. Adjunta UFOP.

Pedro Nunes Gouveia, UFOP

Estudante de Administração da UFOP

Flávia Carolini Pereira Santos, UFOP

Estudante de Administração da UFOP

Referências

ADORNO, T. W. Teoria da Semicultura. Tradução RAMOS-DE-OLIVEIRA, N. et al. Educação e Sociedade, ano XVII, n. 56, p. 388-411, dez. 1996.

ADORNO, T. W.; HORKHEIMER, M. Dialética do Esclarecimento:fragmentos filosóficos. Tradução de Guido Antonio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1985.

CAMOZZATTO, V. C. Da pedagogia às pedagogias - formas, ênfases e transformações. 2012. 203 f. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2012.

CASTRO, Maria Helena Magalhães. Estado e Mercado na regulação do ensino superior. In: BROCK, C; SCHWARTZMAN, S. (Orgs.). Os desafios da educação no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005, p. 235-274.

CHAUÍ, M. A universidade pública sob nova perspectiva. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 24, p. 5-15, dec. 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141324782003000300002&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 15 dez. 2015.

COMTE, Augusto. Discurso sobre o espírito positivista (1844). Tradução de José Arthur Gianotti e Miguel Lemos. In: Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978.

CONTRERAS, Domingo José. La autonomía del profesorado. Madrid: Morata, 1997.

CRUZ, A. G. A educação superior brasileira ruma à universidade oligopolista. Diálogos, Canoas, n. 30, p. 55-72, dez. 2015. Disponível em <http://revistas.unilasalle.edu.br/index.php/Dialogo/article/view/2312>. Acesso em 01 de jun. 2016.

EAGLETON, T. Ideologia uma introdução. Tradução de Silvana Vieira e Luís Carlos Borges. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista: Editora Boitempo, 1997.

FROMM, E. Análise do homem. Tradução de Octávio Alves Velho. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1970.

GADOTTI, M. Perspectivas atuais da Educação. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, v. 14, n. 2, p. 03-11, 2000. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-88392000000200002&script=sci_abstract>. Acesso em 07 de jun. 2016.

GHEDIN, E. Professor reflexivo: da alienação da técnica à autonomia da crítica. In: PIMENTA, S. G.; GHEDIN, E. (Orgs.). Professor reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um conceito. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2005, p. 129-150.

GIROUX, Henry. Los profesores como intelectuales. Hacia una pedagogía crítica del aprendizaje. Barcelona/Madrid: Paidós/MEC, 1990.

GOYA, W. Liberdade e psicanálise na filosofia social de Erich Fromm. Fragmentos de cultura, Goiânia, v. 18, n. 9/10, p. 811-830, set./out. 2008. Disponível em < http://seer.ucg.br/index.php/fragmentos/article/view/726>. Acesso em 04 de jun. 2016.

HESSEN, Joannes. Teoria do Conhecimento. Tradução de João Vergílio Gallerani Cuter. 2ª Ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

KONDER, Leandro. A questão da ideologia. São Paulo: Cia das Letras, 2002.

PIMENTA, S. G. Professor reflexivo: construindo uma crítica. In: PIMENTA, S. G.;GHEDIN, E. (Orgs.). Professor reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um conceito. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2005, p. 17-52.

PLATÃO. Protágoras (434-433 a.C.). Tradução, Introdução e Notas de Ana da Piedade Elias Pinheiro. Lisboa: Relógio D`Água Editores, 1999.

PUCCI, Bruno. A Escola e a Semiformação mediada pelas novas tecnologias. In: PUCCI, B. (Org.); LASTÓRIA, Luiz Antonio Calmon Nabuco (Org.). Experiência formativa & emancipação. 1 ed. São Paulo: Nankin, 2009.

SCHWARTZMAN, Simon. Os desafios da educação no Brasil. In: BROCK, C.; SCHWARTZMAN, S. (Orgs.). Os desafios da educação no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005, p. 9-50.

SHILS, E. A. The Concept and Function of Ideology. International Encyclopedia of the Social Sciences, New York, v.7, p. 66-75, 1968b.

VALADARES, J. M. O professor diante do espelho: reflexões sobre o conceito de professeor reflexivo. In: PIMENTA, S. G.; GHEDIN, E. (Orgs.). Professor reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um conceito. 3. Ed. São Paulo: Cortez, 2005, p. 187-200.

WILLIAMS, R. Cultura. Tradução de Lólio Lourenço de Oliveira. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

WILLIAMS, R. Marxism and Literature. Oxford: Oxford University Press, 1977.

Downloads

Publicado

2017-03-15

Como Citar

MARANHAO, Carolina Machado Saraiva de Albuquerque; GOUVEIA, Pedro Nunes; SANTOS, Flávia Carolini Pereira. A Ideologia na Educação e Didática Brasileira: Uma Pedra no Caminho para uma Práxis Libertadora. Revista Brasileira de Estudos Organizacionais, Curitiba, v. 3, n. 1, p. 3–17, 2017. DOI: 10.21583/2447-4851.rbeo.2016.v3n1.73. Disponível em: https://rbeo.emnuvens.com.br/rbeo/article/view/73. Acesso em: 3 set. 2025.

Edição

Seção

Artigos