Trabalho e Identidades de Gênero de Gestoras de Organizações do Agronegócio em Minas Gerais

Autori

  • Raquel Santos Soares Menezes Universidade Federal de Viçosa Campus Rio Paranaíba
  • Francielih Dorneles Silva Universidade Federal de Uberlândia

DOI:

https://doi.org/10.21583/2447-4851.rbeo.2016.v3n2.81

Parole chiave:

Gênero, Feminilidades, Agronegócio.

Abstract

O objetivo deste artigo é analisar a articulação entre a construção de feminilidades e a participação de mulheres na gestão de organizações ligadas ao agronegócio, no estado de Minas Gerais. A abordagem metodológica é de natureza qualitativa, sendo o corpus de pesquisa composto por entrevistas semiestruturadas com 35 gestoras. As entrevistas foram submetidas à análise do discurso, e os resultados indicaram diferentes estratégias nas relações de trabalho para atender às demandas profissionais e de gênero. No espaço privado, elas detém maior responsabilidade dos cuidados com a casa e filhos. Quanto às demandas da gestão no agronegócio, as mulheres buscam se legitimar por meio da formação e especialização. Ainda, elas acreditam possuir muitas características ligadas às suas feminilidades que as auxiliam a gerir os negócios, como a sensibilidade e a flexibilidade. 

Downloads

I dati di download non sono ancora disponibili.

Biografie autore

Raquel Santos Soares Menezes, Universidade Federal de Viçosa Campus Rio Paranaíba

Professora Adjunta 3

Instituto de Ciências Humanas e Sociais

Curso: Administração

Área: Estudos Organizacionais e Recursos Humanos

Francielih Dorneles Silva, Universidade Federal de Uberlândia

Mestre em Administração pela FAGEN-UFU

Área: Mercado

Riferimenti bibliografici

BONI, Valdete. Poder e Igualdade: As relações de gênero entre sindicalistas rurais de Chapecó, Santa Catarina. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, 12(1): 360, 2004.

BRUMER, Anita. Gênero e agricultura: a situação da mulher na agricultura do Rio Grande do Sul. Rev. Estud. Fem., Abr 2004, vol.12, no.1, p.205-227.

FAIRCLOUGH, Norman. Discurso e Mudança Social: Tradução Izabel Magalhães. Brasília: Universidade de Brasília, 2008. 320 p.

HIRATA, Helena.; KERGOAT, Daniele. Novas Configurações da Divisão Sexual do Trabalho. Cadernos de Pesquisa, v. 37, n.132, p.595-609, set./dez.2007.

______. Globalização e Divisão Sexual do Trabalho. Cardenos Pagu. v.17/18, n. 2, 2001.

KERGOAT, Daniele. Divisão Sexual do Trabalho e Relações Sociais de Sexo. In: HIRATA, Helena et al. Dicionário Crítico do Feminismo. São Paulo: Editora UNESP, 2009.

LOURO, Guacira Lopes. Gênero, Sexualidade e Educação: das afinidades políticas às tensões teórico-metodológicas. Educação em Revista, Belo Horizonte, n. 46, p.201-218, dez. 2007

MAGALHAES, Reginaldo Sales. A "masculinização" da produção de leite. Rev. Econ. Sociol. Rural [online].2009, vol.47, n.1, pp. 275-299. ISSN 0103-2003.

MENEZES, Raquel Santos Soares. Feminilidades em Primeira Pessoa: narrativas plurais, vivências singulares de mulheres “nos negócios”. Tese de Doutorado em Administração. UFMG. Belo Horizonte-MG, 2012, 254p.

MOLINIER, Pascale. WELZER-LANG, Daniel. Feminilidade, masculinidade, virilidade. In. HIRATA, H. et. all. (org) Dicionário Crítico do Feminisno. São Paulo: Editora UNESP, 2009.

______. Psicodinâmica do trabalho e relações sociais de sexo. Um itinerário interdisciplinar. 1988-2002. Revista Produção, v.14. n.3, p.14-26, Set./Dez. 2004.

______. Sujeito e subjetividade: questões metodológicas em psicodinâmica do trabalho. Rev. Ter. Ocup. Univ. São Paulo, v.14. n.1, p.43-7, jan./abr., 2003.

______. Féminité sociale et construction de l´identité sexuelle: perspectivas théoriques et cliniques en psychodynamique du travail. L´orientation scolaire et professionnelle (on-line). v.4, n. 31, 2002. Disponível em: http://osp.revues.org/index3438.html . Acesso em 14/07/2011.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A ALIMENTAÇÃO. Igualdade de Gênero. Disponível em: <http://www.fao.org/docrep/012/i0765pt/i0765pt10.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2015.

PACHECO, Maria Emília Lisboa. Em defesa da agricultura familiar sustentável com igualdade de gênero. In: Perspectivas de Gênero: debates e questões para as ONGs. Recife: GT Gênero Plataforma de Contrapartes Novib/SOS CORPO Gênero e Cidadania, p. 138-160, 2002. (obra coletiva)

PATEMAN, Carole. O contrato sexual. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1993.

RESENDE, Viviane de Melo; RAMALHO, Viviane. Análise de Discurso Crítica. São Paulo: Editora Contexto, 2006. 158p.

Retrato das desigualdades de gênero e raça / Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada ... [et al.]. - 4ª ed. - Brasília: Ipea, 2011. 39 p. : il.

SCOTT, Joane. Gender: Useful Category of Historical Analysis. American Historical Review, v. 91, n. 5, Dec. 1986.

SILVA, Carolina Braz de Castilho; SCHNEIDER, Sérgio. Gênero e pluriatividade na agricultura familiar do Rio Grande do Sul: um estudo sobre Veranópolis e Salvador das Missões. Disponível em: <http://estatico.cnpq.br/portal/premios/2013/ig/pdf/carolina_braz.pdf>. Acesso em: 12 de março de 2013. (8º Prêmio CNPq: Construindo a Igualdade de Gênero)

VAN DER SCHAAF, Alie. Jeito de mulher rural: a busca de direitos sociais e da igualdade de gênero no Rio Grande do Sul. Sociologias, 2003, no.10, p.412-442

Pubblicato

2017-07-16

Come citare

SANTOS SOARES MENEZES, Raquel; DORNELES SILVA, Francielih. Trabalho e Identidades de Gênero de Gestoras de Organizações do Agronegócio em Minas Gerais. Revista Brasileira de Estudos Organizacionais, Curitiba, v. 3, n. 2, p. 127–144, 2017. DOI: 10.21583/2447-4851.rbeo.2016.v3n2.81. Disponível em: https://rbeo.emnuvens.com.br/rbeo/article/view/81. Acesso em: 1 set. 2025.

Fascicolo

Sezione

Artigos