GÊNESE DO PENSAMENTO TAYLORISTA SEGUNDO O MÉTODO MATERIALISTA DA HISTÓRIA DA ADMINISTRAÇÃO

Autor/innen

DOI:

https://doi.org/10.21583/2447-4851.rbeo.2024.v11n3.632

Schlagworte:

Materialismo, História do pensamento administrativo, Gênese, Taylorismo

Abstract

O ensaio tem por objetivo analisar criticamente o método materialista na explicação da gênese do taylorismo. Entende-se a gênese como aspectos ligados ao terreno econômico-social que evidenciam as razões pelas quais surgem uma formação ideal particular. A partir da análise, foi possível observar que autores mais reconhecidos pela história da administração não desenvolvem os elementos de gênese de acordo com o materialismo. Esses aspectos estão melhor explicados em Braverman e na Teoria do Processo de Trabalho, e em autores críticos a essa linha. Destacam-se aspectos como a luta de classes, a adequação do taylorismo ao capital monopolista e o problema do processo de trabalho. Foi possível observar que no interior do materialismo nem todas as contribuições se dedicam, de fato, à explicitação dos aspectos determinantes da gênese, havendo, contudo, avanços significativos para essa determinação.

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Autor/innen-Biografien

Leandro Theodoro Guedes, Faculdade de Educação Tecnológica do Estado do Rio de Janeiro - FAETERJ

Doutor em Administração pelo Programa de Pós-graduação em Administraçaõ da Universidade Federal de Viçosa

Elcemir Paço Cunha, Faculdade de Administração e Ciências Contábeis. Rua José Lourenço Kelmer, São Pedro, Juiz de Fora – 36036-900

Doutor em Administração pela Unifersidade Federal de Minas Gerais

Henrique Almeida de Queiroz, Departamento de Administração, Universidade Federal de Juiz de Fora – campus Governador Valadares, Brasil.

Doutor em Ciências Sociais, Universidade Federal de Juiz de Fora, Brasil

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Veröffentlicht

2025-06-10

Zitationsvorschlag

GUEDES, Leandro Theodoro; PAÇO CUNHA, Elcemir; DE QUEIROZ, Henrique Almeida. GÊNESE DO PENSAMENTO TAYLORISTA SEGUNDO O MÉTODO MATERIALISTA DA HISTÓRIA DA ADMINISTRAÇÃO. Revista Brasileira de Estudos Organizacionais, Curitiba, v. 11, n. 3, p. 395–421, 2025. DOI: 10.21583/2447-4851.rbeo.2024.v11n3.632. Disponível em: https://rbeo.emnuvens.com.br/rbeo/article/view/632. Acesso em: 19 aug. 2025.